domingo, 31 de julho de 2011

Parabéns pra você..


Parabéns pra você..

Muita gente fica na dúvida do que dar para um amigo no dia do seu aniversário. Eu mesmo nunca consigo me decidir num presente logo de primeira. Mas tem aquelas pessoas que acabam merecendo um presente especial, diferente. Assim tipo, um Gabriel Ferrari, rsrs..

Ontem me ligaram com um pedido diferente do habitual. Uma amiga querendo fazer uma surpresa para a outra. “É o aniversário dela, Gabriel, quero dar você de presente.” Claro, posso ir até com um laço vermelho amarrado no Juninho, pouco embrulho sabe, coisa prática. Adoro uma surpresa. Marcamos então a hora, o dia e o lugar. Ia ser um parabéns pra você e tanto.

Um fim de semana na praia pode ser um ótimo presente. Um carro, apartamento, também. Um lindo vestido, flores, um jantar, uma festa, presentes habituais, um tapinha nas costas, até mesmo uma simples lembrancinha de camelô, já tá valendo. E porque não uma noite com um garoto de programa não entraria nessa lista? Claro que sim, talvez seja o topo de muitas delas.

E eu me sinto honrado em ser a companhia de uma pessoa nesse dia tão especial da sua vida.

Entrei no quarto do motel, mas foi como se eu tivesse entrado numa casa. Um grande salão na entrada, com uma piscina, cadeiras de sol, e o próprio sol que entrava fraco pelo teto de correr. Pétalas e mais pétalas de rosas enfeitavam todo o chão do lugar dando um climinha todo especial.

Atravessei uma porta de vidro e encontrei outro salão. Este tinha um mini bar, um grande sofá circular com um espaço de dança no meio, e um globo de luz no alto. Numa sala ao lado tinha uma grande piscina de hidromassagem, e uma sauna. Aquele quarto de motel era um dos mais caros da cidade, aqueles onde amigos fazem festinhas, despedidas de solteiro, orgias, surubinhas, o que imaginar. Minha aniversariante me esperava sentada numa mesa, tímida e ansiosa.

Ela queria o presente, mas eu vi que ia custar um bocado pra ela abrir. Nem todo mundo consegue relaxar nessas horas. Encontrar com um desconhecido pode ser fácil pra algumas pessoas, mas pra outras leva um tempo até que se soltem, que confiem, e que dividam sua intimidade.

É natural encontrar pessoas assim, nervosas, envergonhadas, que às vezes não sabem o que fazer na sua frente. Ou por que nunca fizeram isso, ou por que ficam intimidadas quando você chega perto. Eu sempre tento quebrar o gelo, converso bastante nessas horas, gosto de deixar as pessoas confortáveis naquela situação. Pra que afinal possam curtir o que vieram procurar.

Então conversamos e bebemos durante um bom tempo. Rimos e contamos nossas histórias. Dividimos coisas, trocamos coisas. Dividimos.

Num certo momento eu fui seduzindo, falando manso, com aquele jeitinho safado que tenho. Fui chegando, chegando, e quando percebemos, estávamos na cama curtindo juntos a nossa festinha de aniversário.

É sempre um prazer imenso pra mim, poder ajudar as pessoas a curtirem um momento diferente. Seja uma noite de puro sexo, ou uma conversa num bar, escutar um desabafo, ser presenteado para alguém, acompanhar numa viagem. Eu gosto mesmo é que se sintam bem estando comigo, que se realizem, é isso que importa.

E esse é o diferencial de um bom acompanhante. Ele tem que saber ser uma companhia, e não só uma máquina de sexo, o que modéstia a parte também domino muito bem. Tem que saber escutar, porque na verdade todo mundo gosta de falar e ser escutado, mas nem todo mundo consegue falar pra pessoa certa.

E é assim que vou conhecendo pessoas maravilhosas, algumas interessantes, outras com seu jeitinho, cada qual com seu talento. Vou deixando que as pessoas se soltem e me mostrem quem são.

Bom, agora deixa eu me despedir. Estou escrevendo isso no aeroporto, embarco daqui a alguns minutinhos para Goiânia, vou atender um cliente lá. Gabriel também é "delivery". Mas eu volto.

Se tudo der certo, farei novas fotos essa semana para o eliteboy.

Um abraço para o Rafinha, adorei o texto, obrigado pelo carinho.

Gabriel Ferrari, 30/07.

domingo, 24 de julho de 2011

I told you..


I told you..

Jimmy Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin, Kurt Cobain e Amy.. Tenho medo de chegar aos 27.

O pulso ainda pulsa. Ainda estou por aqui. Nunca passei tanto tempo sem postar no blog. Mas estava tão preguiçoso e ocupado esses dias que não conseguia finalizar algumas coisas.

Eu preciso ficar longe de joguinhos malditos. Ganhei um Ipad outro dia (sim, eu fui um bom garoto), e nele encontrei uns joguinhos beeem bacaninhas, daqueles que sugam a gente do mundo, sugam nossa alma. Acho que ficamos um pouco burros quando viciamos nessas coisas. Aliás, não ficamos burros, ficamos é sem tempo pra ler e escrever, como eu fiquei. Malditos joguinhos nerds.

Algumas coisas interessantes aconteceram esses dias. Além dos meus atendimentos habituais, repletos de curiosidades e pessoas interessantes, veio a novidade de mais uma entrevista.

Pra quem não sabe semana passada fui entrevistado num programa televisivo. Ele chegou a reprisar umas duas vezes e numa dessas eu estava em casa assistindo escondidinho a entrevista, quando de repente escuto num dos quartos alguém mudando os canais, procurando o que assistir.

Dai que a bendita alma para justamente no canal em que estou sendo entrevistado. Rezo 15 Pai Nossos esperando que não me reconheçam. Eu estava de costas, com um capuz, invisível. Mas minha voz tava lá. Ainda bem que a alma lerda não percebeu nada e mudou de canal. Eu te disse, eu te disse, é difícil manter uma identidade secreta, Sr. Parker.

Então, essa semana o pessoal do Rede Bahia Revista procurou o nosso querido site de acompanhantes de luxo, o Elitegirl/Eliteboy/Eliteclub, para realizar uma matéria sobre este trabalho alternativo, como funciona o mundo dos Acompanhantes.

Mostraram um pouco do funcionamento do site, entrevistaram algumas garotas, uma T-girl, e a mim, Bielzinho da Bahia. Pude mostrar até o blog na entrevista, ler um trecho, e expor um pouquinho da minha barriguinha de choop nas fotos, brincadeira. Mas a matéria ficou show de bola, deve ser exibida daqui a duas semanas. É bom que cada vez mais seja quebrado o tabu envolvendo o trabalho especial que fazemos.

E eu juro solenemente tentar escrever regularmente aqui, sem longas pausas e sem mais delongas. Amanhã retorno, espero.

Ps.: Os comentários no blog não são publicados até que eu os leia e aceite, caso sejam pertinentes ao bom senso. Não perca tempo com comentários ofensivos, invejosos, e ameaças de morte, eles só servem pra me divertir, percebendo o quão são desocupados. E eles jamais serão publicados.

"I told you, i was trouble, you know that i'm no good.."

Gabriel Ferrari.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Gabriel


Gabriel

Ele parou em frente à porta antes de entrar. Pensou em desistir daquilo. Tinha de se afastar de vez desse lugar, não podia continuar indo ali, aquilo só o machucava mais e mais. Só que era mais forte do que ele. Não conseguia resistir, sentia a saudade o consumir no peito.

Olhou pela janelinha de vidro o interior do quarto. O homem ainda estava lá, deitado em seu leito. Com um lençol azul cobrindo o corpo e fios que o ligavam a soro e máquinas. Girou a maçaneta e abriu a porta. Lembrou de quando não precisava fazer isso.

Entrou lentamente, deixando a porta encostada. O quarto estava mergulhado no silêncio. Somente o som do aparelho dava vida ao lugar. Aquele “bipe” monótono já se tornava habitual depois de tantas visitas.

Procurou uma cadeira que estava próxima a cama. Sentou e passou a observar aquele homem deitado, adormecido. O homem tinha o rosto cansado, dormia, mas não estava bem. Era jovem o rapaz, não devia ter completado seus trinta anos. Mas estava morrendo, vítima de um câncer no intestino.

Descobriu a doença tarde demais. Os médicos ainda tentaram, passou por duas cirurgias, foi mutilado, definhou, teve esperança, mas não teve jeito. O tumor sempre voltava em outro lugar. Sua expressão enquanto dormia era de uma pessoa que tentava se agarrar de todas as formas a vida. Mas a vida o abandonava minuto a minuto.

Sentado ao lado da cama o homem de casaco escuro esperava. Esperava não pela recuperação do homem, aquele pobre já não tinha jeito. Esperava pelo que vinha depois. Quando o último suspiro abandonasse aquele corpo. Quando a luz viesse buscar a alma daquele pobre mortal.

Sabia que a hora estava chegando. Sentia a passagem se aproximar como quem sente um perfume de uma rosa. Rosa não, lembrava mais outra coisa, Jasmim, talvez.

Um bip mais alto que o de costume veio do aparelho ao lado da cama. Depois outro. E mais outro. Ia ser agora. O aparelho disparou uma metralhadora de sons, pequenas luzes se acenderam. O homem deitado se estrebuchou por um segundo. Inflou o peito duas vezes e na terceira parou. Soltou o ar que restava no corpo deixando a cabeça pender um pouco pro lado. Uma linha corria solitária no monitor do aparelho. Um bip só, contínuo. Um bip e nada mais.

Em dez segundos uma enfermeira entraria no quarto. Levantou-se da cadeira e postou-se ao lado da cama. Com a mão direita segurou uma das mãos do homem desfalecido e a esquerda pousou no peito sem vida, onde ficava o coração. Fechou os olhos.

O silêncio. O tempo não mais existia. Não estava mais num quarto de hospital. Não tinha mãos, braços, um corpo. Um segundo interminável. Abriu os olhos novamente.

E então fez-se a luz. Cegante, absoluta. Aos poucos foi abrandando. Tinha corpo mais uma vez. Seus olhos já conheciam aquele lugar. Eles chamavam de O Grande Corredor Branco. Na verdade não havia nada, era tudo um branco completo. Um lugar vazio. Mas era ali que recebiam os que despertavam.

Uma nova luz começou a brotar num ponto no horizonte. Meio tímida, foi se aproximando lentamente, tomando forma. A esfera de luz parou um pouco a frente. Foi crescendo, tornou-se gelatinosa, reluzente. A massa brilhante tomou a forma de um homem, alto, robusto. Quando todas as suas feições ficaram sólidas ele abriu a boca e falou.

- Irmão, o que faz aqui?

O som de uma voz conhecida fez lágrimas brotarem nos olhos.

- Azazel, eu imploro, me deixe ir até Ele. Eu não O escuto mais, Ele não me deixa voltar. Até quando, Azazel, até quando?

Baixou a cabeça sentindo o peito apertar. Já podia sentir o cheiro dos campos ao longe, ouvir o canto dos pássaros. Um aperto no peito, mais lágrimas. Azazel estava descalço, vestia uma túnica azul celeste. Olhou com expressão triste para os olhos marejados a sua frente..

- Não posso interceder na sua jornada, irmão, você sabe. Se você ainda não voltou é porque ainda tem algo a desempenhar no plano físico. E se Ele não mais responde as suas preces, deve ser porque queira que você busque as respostas sozinho.

As palavras de Azazel soavam lentas e de maneira suave. Ao mesmo tempo em que acalmavam elas traziam tristeza. Sentiu uma mão tocar seu ombro, vinda por trás. Virou-se, era o homem que acabara de morrer naquela cama de hospital. Ele vinha a passos lentos, olhos arregalados, assustado.

- Deixe-o o passar, Gabriel. Não mais incomode esta pobre alma. Precisamos atravessar o corredor, deixe-nos ir.

Gabriel deu passagem a nova alma. Olhou uma última vez Azazel nos olhos. Aqueles olhos tão serenos. Assentiu com a cabeça, deu dois passos para trás, vendo os dois à frente transformarem-se em dois pontos de luz, sumindo no horizonte infinito. Fechou os olhos outra vez.

Antes de abri-los novamente sentiu uma mão puxar seu braço com força. Os sons retornaram, o ar, o corpo. A enfermeira gritava ao seu ouvido - Senhor, senhor, precisa solta-lo. Senhor, o que está fazendo?

Tomou controle do seu corpo novamente no mesmo instante em que soltava a mão do homem morto. Afastou-se da cama, empurrando sem querer a mulher histérica ao seu lado.

- Senhor, o que estava fazendo, conhece este homem? Você é da família?

- Não, não, eu era só um amigo, me desculpe. Tenho que ir.

- Senhor, mas.. - Tentou a enfermeira em vão, enquanto o homem assustado saia apressado.

Gabriel tinha de sair dali, antes que chamasse mais atenção. Encontrou as escadas sem dificuldade. Saiu do hospital sem ter problemas. Sua Shadow 750 esperava parada do outro lado da rua. Tirou o capacete da trava, sentou, ligou a chave e saiu, deixando o som da motocicleta encher a noite.

Gabriel não tinha encontrado as respostas que queria, ainda, mas alguma coisa o incentivava a continuar. Tinha de seguir com sua jornada. Se estava certo ou não, não sabia. Mas continuaria sendo a sombra que cruzava o caminho dos homens.

Aquele que cobrava. Aquele que dava o castigo. Gabriel era um anjo, sim, mas não era daqueles que vinham com sorrisos e harpas. Gabriel era um vingador. E se sua missão era permanecer na Terra, que assim seja. Continuaria agitando as noites da velha Salvador. Ao seu modo. Ceifando o mal por onde passasse. E a noite, a noite estava só começando..

Continua..

Gabriel Ferrari.

domingo, 10 de julho de 2011

Me passa o cheque..

Me passa o cheque..

Oi, como vai você? Eu? Eu estou bem. Tudo bem que tem gente que me odeia. Tudo bem que tem gente que me copia. Tudo bem que a inquisição está atrás de mim, tudo bem. Não ligo. Ligo nada. Quem tá fudendo sou eu mesmo, tisc tisc.

Deixei vocês me lambendo aqui por uma semana. Precisava tirar umas férias do blog. Precisava me acostumar com os comentários carinhosos da "Maria". Precisava rir mais um pouco da "bicha bandida" que me acorda todo dia me elogiando aqui. Precisava relaxar. Relaxar para poder gozar, gozar com vocês como sempre fizemos.

Estamos chegando a contagem de vinte mil acessos aqui no blog. Vinte mil em três meses. Vinte mil pessoinhas espalhadas pelo mundo ávidas de segundas intenções. Loucas por um segredo debaixo do lençol. Curiosas para sentir o ronco da Ferrari.

De vez em quando eu passo o olho aqui no blog e fico reparando os pontinhos vermelhos piscando no globo. Aquele ali no canto. Dai vejo que alguém na Inglaterra está me lendo naquele momento. Fico imaginando o que passa na cabeça dessa pessoa nesse instante. É fascinante ver o poder da internet.

Essa vontade que vejo nas pessoas espalhadas por ai, vindo conhecer o Gabriel Ferrari, querendo saber como pensa esse garoto baiano e como ele conduz a sua máquina, essa vontade é que me alimenta. Esse formigar que vocês sentem ai quando entram aqui. Tudo isso me faz sentir um prazer imenso quando escrevo.

Vocês gostando ou não. A loucura é saber que posso tocar vocês. Quase dá pra visualizar os olhos sedentos em frente à tela do computador, ajeitando os óculos ou não, alguns lendo em voz alta, outros lendo escondidos no trabalho. Alguns lendo que nem culpados, olhando pra trás e pros lados, com medo do namorado, mãe ou avó perceber a minha foto estampando seu monitor.

Eu rio quando imagino vocês rindo das coisas que escrevo. Eu faço cara de safado quando percebo que vou seduzir você naquela frase. Eu me vejo brigando com vocês quando discordam de mim. Eu me vejo falando com você. Contando pra você. Cara a cara. Frente a frente. Ou às vezes sussurrando em seu ouvido.

E assim eu escrevo. Assim eu conto. Conto um conto da vida real. Falo do Gabriel, ele é real. Mas o Gabriel não sou eu. Não. Eu sou só um rapaz normal, igual a qualquer outro. Com uma vida normal. Mas com um emprego diferente.

Eu uso o Gabriel como um ator usa seu personagem. Como uma mão usa uma luva. Gabriel é um propósito. Um meio. Algo que acorda e adormece. Um vislumbre de um rapaz sonhador que não tem medo de usá-lo.

Mas vamos ao que interessa. E pra variar, eu só me fodo nessa porra. Ô Gabriel estabanado. Essa semana quando eu saia do motel, minha cliente ofereceu seu carrinho pra que eu fosse dirigindo até certo ponto. Eu todo confiante aceitei. Tem poucas semanas que aprendi a dirigir, e ainda não estou cem por cento. Ainda me bato em câmbio manual. Ela sabia disso, mesmo assim deixou.

E até que andei direitinho nos primeiros minutos, mas quando ganhava velocidade numa larga avenida, ao andar próximo ao acostamento da faixa esquerda acabei me distraindo por um segundo. O pneu dianteiro esquerdo subiu no acostamento, eu recuperei o controle do carro e voltei pra pista na mesma hora. Mas não antes de escutar um barulho característico. Sim, furei o pneu. Andamos um pouco até parar num lugar seguro. E lá ia eu trocar pneu pela primeira vez. Acidentes acontecem.

E falando de acidentes, quem nunca sofreu um na hora do sexo, heim? Tudo pode acontecer quando perdemos o controle da razão e nos lançamos ao sexo desenfreado. E um dos acidentes que podem ocorrer quando rola o sexo anal é o famoso "passar um cheque".

O que? Não sabe o que é isso? Nunca ouviu falar? Pois é, aqui em Salvador é chamado assim. Passar o cheque acontece quando durante o sexo anal o bumbum invadido deixa um rastro marrom no seu pau. É, literalmente cagam no seu pau.

Ahhhh, mas ai vão me xingar agora dizendo que estou reclamando dos meus clientes. Não, não estou reclamando de nada, essas coisas acontecem. Estou apenas relembrando situações.

Por incrível que pareça, essas coisas acontecem muuuuuito raramente. Um dos motivos é que quem já sabe que vai passar por uma penetração por traz, se prepara antes.

Claro que a pessoa não vai se ajoelhar e rezar para não vazar no pau do namorado. Não é assim. Basta que na hora do banho, enquanto se arruma para o tal encontro, o fulano ou a fulana lavem com seu dedinho a parte interna do seu anús. Por dentro mesmo. Até onde o dedo alcançar, obviamente. Não queremos ninguém fazendo uma lavagem estomacal.

É só pra ter certeza de que o "caminho" vai estar livre. Tem a opção do chuveirinho, também. Mas acho que todo mundo já deve saber disso. O problema é quando o cidadão passa o dia inteiro no trabalho e quando sai quer ir direto sentar no pau. Isso não pode amiguinhos, tem que ir tomar uma ducha antes. Fazer a famosa "tchuca".

Senão é dito e certo, vai dar merda. Literalmente. E como no meu trabalho eu costumo invadir sempre a "caverna do dragão", essas coisas são habituais.

Eis que estou lá, bombando em alta, socando até a alma, quando de repente sobe aquele cheirinho familiar. Hummmm.. Olho pra baixo e vejo o chocolatinho escorrendo até ir pingar na cama. Depois de tanto entra e sai, aquilo lá dentro vai esquentando, esquentando, e vai começando a fermentar, até ir se transformando num vulcão pronto para entrar em erupção. E ele entra, viu.

Tudo bem que nem toda vez causa muito estrago. Às vezes é só um risquinho aqui, um pinguinho ali, nada demais. Às vezes nem mela. Mas quando o bicho pega, mermão..

Dai que vejo aquilo lá, melecando e tal. Tenho que continuar né, o profissionalismo em primeiro lugar. Se não está incomodando ao cliente, eu vou em frente. Mas aí tudo começa a escorregar, e toda vez que meu pau sai de lá, traz uma lembrancinha. E aquilo vai melando a cama, o lençol, travesseiro, chão, até o espelho no teto pode ser atingido. Uma loucura.

Nessas horas tem gente que não consegue parar, pra não perder o feeling né. Então pra amenizar fica limpando em volta. Aí puxa o que encontrar pela frente. Geralmente é o lençol que vira um papel higiênico gigante, mas se sua toalha estiver ao alcance também, já era.

E fica a dica, nunca deixe sua toalha embolada na cama quando o sexo estiver rolando. Ela pode acabar servindo pra limpar o bumbum de alguém na hora do improviso, e você vai ficar sem ter com o que se enxugar depois. Proteja a sua toalha com a sua vida.

Comigo já teve situação assim, do quarto ficar toooodo respingado de gotinhas de côcô, eco.. É nojento, eu sei, mas acontece. Você tem que ficar se esquivando depois do banho pra não pisar naquilo. Ou não deixar sua roupa encostar em algo suspeito. Tem que ser praticamente um ninja.

E já teve gente que falou que esse era um dinheiro fácil. Se isso é fácil então, PORRÃNNNN..

Pois é, nem tudo são flores. Lógico que a gente tira de letra os acidentes, tô acostumado já. E no final eu acabo mesmo é me divertindo nisso tudo. Onde mais eu veria essas coisas.

Alguém já reparou a chamada do programa da Fernanda Lima, o Amor e Sexo? Será que ela me copiou? Rsrsrs.. O prazer é todo nosso, Fernanda, pode apostar.

E pra quem não reparou, tem alguns emails novos no "Mural" aqui do blog.

E Loly, estou de olho em você viu, faça direitinho ai que vai ficar legal.

Maria, ô Maria, eu te amo mulher. Porque não me liga um dia pra gente bater um papo, heim? Manda um email, torpedo, me ame também. Já sei, eu vou te dar um gato, Maria. Cê vai adorar cuidar dele..

...

Nesta segunda, dia 11/07, vou participar do programa "Resenha Feminina" da TV Salvador. Sou o entrevistado do dia, imagina. Quem quiser dar uma olhada..

Resenha Feminina - TV Salvador (canal 28)
Toda segunda e quinta, às 22:30hs.

...

(O Ministério da Saúde adverte: Quando for dar a bundinha, faça a chuquinha..)

Gabriel Ferrari.

domingo, 3 de julho de 2011

Me lambe..


Me lambe..

Eu quero uma Ferrari Transformers!

Tô babando até agora por aquela vermelhinha. Mas o Bee também detona. Hoje fui ver a estréia de Transformers 3 no cinema. O chato é que foi em 3d, e de 3d mesmo o filme não tinha nada. A única parte boa quando vou ver um filme 3d é olhar pro lado e ver minha namorada com aqueles óculos pretos que ficam gigantes no rosto dela. Ela é pequenininha, quase dá pra esconder ela atrás de um saco grande de pipocas. Adoro aquela cena.

Mas o filme é sensacional, bem melhor que os outros dois, perfeito.

Tirei o dia de folga, pra desespero de muitos. Não tenho culpa, preciso desses momentos de lazer, frear um pouco. E por mais que duvidem, não deixo de ter um tempinho pra mim quando preciso.

Mas abri um espaço na minha folga pra atender um casal que tinha marcado comigo dias atrás. Logo quando cheguei fui recebido pelo maridão e sua linda mulher. Perfeitamente simpáticos e sinceros.

Conversamos bastante. Casal moderno, mente aberta. O fetiche do dia era eu transar com ela enquanto o maridão curtia de longe. Uma loira linda, isso não ia ser tão difícil.

Logo no começo quando ela começou a me chupar veio a surpresa do chantilly. Pois é, eu seria o bolo da noite. Uma gotinha de suor escorreu no canto da minha testa. Eu sabia o que ia acontecer. Lá ia eu me melar de novo.

Sim, eu tenho pavor a cremes, pomadas, filtro solar, hidratantes, a tudo que é melado. Mais um dos meus "TOQs"? Deve ser, rsrs. Mas não sou radical, encaro de boa.

Ele despejava o chantilly em mim e ela lambia. Até que gostei da sensação. Era na perna, barriga, peito, no juninho, tinha chantilly em todo lugar. Ela veio se esfregando em mim, roçando o corpo, espalhando aquilo tudo com os seios, eu parecia um "tobogã" todo escorregadio. Depois ela se virou, abriu as pernas e espremeu o creme nela. Ok, eu fui provar o bolo então. E tava bom, obrigado.

De longe, observando tudo o marido via a cena enquanto gozava mais de uma vez. Foi uma noite bem divertida, com duas pessoas maravilhosas. É sempre bom encontrar gente de mente aberta, sem hipocrisia e falso moralismo.

Depois de anos tem casais que acabam sentindo falta de alguma coisa que reacenda o fogo da paixão, e aqueles que gostam de apimentar as coisas na hora do sexo. Vale tudo, se houver respeito entre ambos, vale tudo. Se for um fetiche, que ele seja discutido de forma sadia, que encontrem um meio de entenderem as vontades do companheiro, e se for bom para os dois, porque não? Melhor do que seu marido ou sua mulher guardarem essa vontade, reprimirem um desejo, e acabarem traindo um ao outro por medo de realizarem uma fantasia.

E tem de todo tipo. Já atendi um casal uma vez, o marido chegou pra mim que nem um técnico de futebol, "Olha, ela gosta assim, você chega assim, vai desse jeito, pega ali quando eu der o sinal..". Eu digo, tranqüilo, pode deixar treinador. E depois que o clima esquenta, ele vai e se tranca no banheiro. Só sai quando tudo termina.

Também tem o casal fantasma. A mulher me chama, e quando chego lá ela diz que o noivo tá na sala ao lado e não vai participar. Tá, tudo bem, se você diz.. Tem aqueles em que o marido me cumprimenta, pega o carro e vai dar um passeio. Tem aquela mulher que gosta de ver seu marido submisso. O cara que gosta de dividir. A mulher que quer experimentar a famosa dupla penetração. Tem de tudo.

Tenho um cliente também que adora chamar a mim e outra garota de programa. Adoro isso, adoro ver um trabalho em conjunto. Deixo minha colega comandar o show, enquanto nós dois a atacamos como lobos.

Lembrei de uma coisa agora. Se você um dia me chamasse pra ir te encontrar no seu apartamento, ia preferir sempre que fosse de uma maneira discreta, não é? Afinal, os vizinhos e os porteiros podem comentar. Então, se eu, Gabriel Ferrari mostrasse meu rosto nas fotos, todo mundo que entrasse no site, iria gravar a minha carinha de anjo. Ai quando eu fosse te atender no seu prédio, na sua festa, na entrada do hotel, na mesa do restaurante, em qualquer lugar que me vissem com você iam me reconhecer.

O porteiro, aquele vizinho chato, até o cara do carro ao lado parado no trânsito, todo mundo poderia lembrar e comentar. E você sabe que muita gente não tem o que fazer além de fofocar sobre a vida dos outros. Então é muito mais seguro e discreto preservar meu rosto para que eu continue sendo o mesmo desconhecido de sempre, aquele que pode se passar por uma pessoa normal, não te prejudicando onde fosse.

Esse é um dos motivos para não mostrar o rosto nesse tipo de trabalho. Descrição, tanto pra mim, quanto pra você. Esconder o rosto não quer dizer covardia, e sim respeito. Mas também é um charme fazer um segredinho.

...

Só um lembrete, quando me ligarem e eu não atender, tente ligar outra hora. Pois eu não atendo o telefone quando estou com um cliente, acho mais bacana respeitar o momento de cada um. Então liguem depois ou mandem mensagem, que repondo quando puder. E pela manhã costumo estar sonhando com a Alessandra Ambrósio, e dificilmente atenderei algum telefonema. Depois das onze sou todo de vocês.

Mais uma vez lembrando que comentários desnecessários e ofensivos não serão publicados. Obrigado por gostarem ou não deste espaço.

Consegui o áudio do passeio que fiz pela rádio Transamérica na quarta-feira passada. É só clicar no link e escutar. É meio grande, mas vale à pena.

Gabriel Ferrari no Conexão Transamérica 100.1 Fm (29/06/11):

Dúvidas:
gabriel.ferrari2011@hotmail.com


Gabriel Ferrari.