“Veritas Vox Vita”
Meus queridos, obrigado por se importarem tanto comigo. Mas vejo que estão perdendo o foco da coisa. Eu escrevo neste blog, não para falar da minha sexualidade, mas sim do meu trabalho e o que gira entorno dele. A minha opção sexual está fora de questão nesse caso. Porque eu sou eu, e Gabriel é Gabriel.
E novamente repito, o que eu faço não é o que eu sou.
Não vejo mal algum em uma pessoa gostar de outra do mesmo sexo. Assim como não vejo maldade quando encontro um casal de pessoas negras e brancas. Quando um asiático gosta de uma americana. Quando um rico gosta de um pobre. Quando um bonito gosta de um feio. Quando um argentino passa a amar uma brasileira.
Eu amo a liberdade expressão, a liberdade de qualquer grilhão imposto. E acima de tudo, defendo muito a verdade das coisas. Gosto de ser sincero doa a quem doer. Quem me conhece já sabe disso. Jogo limpo. A verdade pode ser sensual também.
E é com verdade que sempre escrevi neste blog. É com verdade que sempre defendi minhas idéias na vida. Meu trabalho é muito discutido, e muito mal interpretado. Principalmente pela grande maioria não conhecer como funciona. E ai todo mundo tira a conclusão que acha, com as informações e conceitos que tem.
Não vejo mal em dividir um pouco dessa verdade com vocês. Procedimentos, situações, escolhas, curiosidades, experiências e algumas coisas que muitos nunca souberam. Estou de peito aberto aqui, contando a historia. Mas não por mim, não. E sim por vocês, que se dividem em opiniões diversas em relação a isso.
Talvez eu tenha um pouco de professor dentro de mim, tentando a todo custo explicar matemática para quem não sabe contar. Às vezes me vejo sendo um cientista de mim mesmo, buscando conhecimento, explicação pra isso ou aquilo, tentando evoluir cada vez mais como ser humano. E tenho total consciência de que é uma jornada sem fim. Sempre vou buscar mais e nunca será o bastante.
Então acabo levando essa vontade de saber das coisas pra vocês também, procurando alimentar a fome do conhecimento daquilo que é desconhecido. Muitos jamais vão enxergar essa intenção. Outros só vão enxergar a superfície da mensagem que quero passar. Outros nem vão querer ouvir, vão simplesmente recusar e repudiar. Vão se fechar no seu mundo e fazer essas palavras virarem hieróglifos diante dos olhos. Alguns não mudam.
Os meios para eu conseguir realizar o meu trabalho, ficar de pau duro, ter uma ereção, são dos mais variados. Eu posso rezar para Alá pra que ele levante a minha “montanha”. Posso contatar seres de outros planetas e pedir que estiquem a minha “sonda”. Posso também me ligar espiritualmente a alguma entidade e implorar que tome meu corpo e faça dele um instrumento de prazer. E posso pedir pro coelhinho da páscoa dançar funk em cima da cama, pra eu ficar excitado.
Sério, vocês não querem que eu venha aqui escrever sobre isso né? Quando você pensa numa loira bem gostosa você não fica com tesão? Quando você pensa num homem saradão e pauzudo, você ai sentado também não fica com tesão? Pois é. O corpo humano reage a estímulos, seja ele vindo de uma mulher, de uma revista de mulher pelada, de um filme erótico, de uma experiência vivida, de um objeto qualquer, de uma posição do seu corpo, do jeito como algumas coisas encostam em suas partes íntimas. O corpo reage.
E todos nós sabemos que nessas horas somos levados pelo instinto. Às vezes fazendo loucuras, como um pai abusando da filha. Ou uma mulher traindo o marido. Ou enfim, levando um homem a transar com outro, ou uma mulher a transar com outra. A reação ao instinto nos leva a isso. Não que seja suficiente para mudar meus conceitos sexuais e opções.
Existem outros meios de ter uma ereção também, outros artifícios, mas isso já faz parte dos arquivos do FBI (risos).
Ter um ereção ou não, sentir tesão NA HORA do sexo, quando os estímulos te fazem “funcionar”, não quer dizer que seja gay, um et, uma entidade, ou o coelhinho da páscoa. Eu continuo sendo o mesmo de sempre. Apenas fiz meu corpo e pênis reagirem à situação. Seja ela com um homem ou uma mulher.
Algumas pessoas estão se preocupando muito com minha sexualidade e não vejo por que. Eu sou muito bem resolvido. Eu sei e sempre soube quem eu era. Deviam gastar mais tempo aproveitando mais outras coisas neste espaço aqui.
Muita gente acaba me dizendo pra não rebater, não se importar, não perder tempo com essas questões. Eu concordo. Isso não me abala. Eu vejo até graça quando leio comentários absurdos. Assim como fico feliz quando pessoas compreendem a mensagem que quero passar.
Mas eu sou turrão às vezes, gosto de colocar pingos nos “is”. Não consigo ver uma coisa errada e não ir lá concertar. Esse é mais um dos meus “TOCs”, e eu tenho vários. Não consigo me segurar quando leio uma sandice.
O debate é válido, sim. Mas o debate a coisas importantes, a causas interessantes que nos façam evoluir. Se eu sou isso ou aquilo, tanto faz. Eu sei quem eu sou.
Enquanto vocês apontam o dedo querendo à força explicar que estou errado, eu apenas sinto pena. Enquanto vocês, inquisidores, trazem explicações e salmos para os comentários, eu estou jantando num restaurante com minha namorada. Comendo uma enchilhada de frango defumado num restaurante mexicano.
Enquanto vocês, sentados e acomodados na sua concepção das coisas tentam me descrever como querem, eu estou curtindo um cineminha com minha princesinha, comendo pipoca e rindo do mostro na tela gigante.
Enquanto você, que acha que o azul é verde, me limita, eu estou embaixo do edredom com ela namorando, curtindo. Ela sabe quem eu sou. Eu sei quem eu sou. Mas você talvez nunca vá saber..
Porque sua mente limitada não vai deixar.
Já teve clientes que me falaram para ter mais cuidado com as palavras, e eu tenho. Tenho muito cuidado com o que escrevo. Talvez alguns não tenham é o devido cuidado na hora de ler.
Se eu me censurar, não serei eu mesmo. Se eu só falar de borboletinhas no jardim, não serei eu mesmo. Se eu fizer do blog um simples diário pessoal, seria infantil, seria muito pouco, e também não seria eu mesmo.
Minha opção sexual, não torna meu trabalho inferior, não me faz uma pessoa fria, nem preconceituosa. Eu consigo entender as necessidades de cada um, buscando assim satisfazê-las. E isso não é difícil pra mim, eu fico feliz com a satisfação de quem me procura. Não só por dinheiro, hoje vejo que este trabalho não é só por dinheiro. Mas sim por ser capaz de transformar, mesmo que por poucos momentos ou por muitos, outra pessoa. Seja lá fazendo gozar ou mudando muito mais.
Estar bem sexualmente significa estar bem consigo mesmo. Melhora a auto-estima, realiza fantasias, renova um relacionamento, tantas outras coisas simples e que agradam o ser humano. Viver bem é estar bem consigo mesmo. E se eu posso ajudar, que assim seja.
E eu estou cada vez melhor comigo mesmo. Ontem fui comprar meu carro finalmente. Foi uma correria, mas valeu à pena. Só não estou com ele agora porque precisam colocar os bancos de couro que escolhi. É mais uma realização pessoal que pra uns pode ser pouco, mas pra mim significa muito. Mas ainda existem muitas outras metas que quero alcançar.
Esta é uma fase passageira, um trabalho passageiro. É claro que penso no futuro, em ter outra profissão, criar uma família. E é por isso que estou onde estou, porque por um momento foi como escolhi conquistar meus objetivos. E estou muito bem, obrigado.
Mas não se preocupem que continuarei escrevendo. A rotina do Gabriel continua, muita coisa ainda será contada. Tenham certeza de que ainda vão conhecer muito mais do que já encontraram. Porque a gente cresce, eu e você, e quem sabe um dia você vá me entender.
(Parece que a entrevista na rádio acontecerá na quarta-feira, dia 29/06, entrarei depois em mais detalhes.)
Obrigado pela sua audiência. “Anarriê..”
Gabriel Ferrari.